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As doenças cardiovasculares, alterações cardíacas e de circulação caracterizam as principais causas de mortes no Brasil, segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia. 

Uma doença cardiovascular é aquela que afeta o coração e os vasos sanguíneos e inclui problemas congênitos da estrutura do coração, problemas adquiridos ao longo do tempo e coágulos.

Alguns fatores podem contribuir para que as doenças cardiovasculares apareçam. Entre eles, temos o que não conseguimos mudar, como idade, sexo e histórico familiar, por exemplo.

Por outro lado, existem aqueles que têm a chance de melhorarmos, como a alimentação, prática de exercícios físicos regulares, manter-se no peso ideal, entre outros. 

Em um quadro geral, as doenças cardiovasculares podem permanecer silenciosas por diversos anos, ou seja, o paciente não apresenta nenhum tipo de sintoma. 

Nesses casos, quando os sinais aparecem, a progressão da doença pode já estar avançada, dificultando a correção do problema.

Quais são as principais doenças cardiovasculares?

Há algumas doenças que são de caráter emergencial, ou seja, precisam ser tratadas imediatamente. Por outro lado, algumas doenças são crônicas, resolvidas a longo prazo.

Porém, é muito importante ficar atento aos sinais e sintomas manifestados pelo paciente. Se o quadro se agravar, procure um pronto atendimento ou um médico cardiologista.

As principais doenças cardiovasculares são:

Há, também, as cardiopatias congênitas, que são as malformações ou problemas estruturais no coração e em suas artérias. Elas já nascem com o paciente, e podem apresentar sintomas desde os primeiros dias de vida ou nunca manifestar nenhum sinal da doença.

Quais são os principais sintomas de uma doença cardiovascular?

Conforme falamos acima, há algumas doenças que não possuem nenhum tipo de sintoma. 

Por outro lado, algumas complicações cardíacas apresentam sinais, que devem ser investigados com urgência. Alguns dos principais sintomas são:

Alguns outros sintomas que são menos frequentes, mas acontecem, são: dores no pescoço, mandíbula, garganta e costas, palidez e transpiração excessivas.

5 passos para prevenir doenças cardiovasculares

Conforme falamos acima, alguns fatores de risco para as doenças cardiovasculares não há como alterar, pois depende dos fatores genéticos, sexo e idade do paciente. 

Porém, adotando um estilo de vida saudável, o paciente possui menos chances de desenvolver uma doença cardiovascular. Confira abaixo 5 passos para prevenir essas enfermidades.

1) Tenha uma alimentação saudável

Esse fator é um dos mais importantes quando o assunto é prevenção de doenças cardiovasculares. 

Isso porque, alimentos com alta quantidade de gordura , podem aumentar a chance de obstrução das artérias e comprometer o fluxo sanguíneo. 

Além disso, alimentos com muito sal podem atrapalhar na pressão arterial, deixando-a mais elevada. Com isso, o coração precisa bombear de maneira mais forte para garantir o fluxo sanguíneo para todo o corpo, o que acaba prejudicando e desgastando o órgão.

Portanto, o indicado é evitar alimentos gordurosos, com muito sódio, ultraprocessados e fast foods. Priorize alimentos mais naturais, como verduras, legumes, frutas, carnes magras, grãos e cereais. 

A ingestão de frutas, verduras e legumes diariamente diminui em 30% as chances de infarto, segundo a Secretaria de Saúde de São Paulo.

2) Pratique exercícios físicos regularmente

Assim como a alimentação balanceada, os exercícios físicos podem ajudar a prevenir uma série de problemas de saúde e não somente os cardiovasculares.

A indicação é realizar, pelo menos 3 vezes por semana, algum exercício físico moderado. Ou seja, são os exercícios que produzem suor, mas, enquanto é realizado, a pessoa é capaz de conversar e falar frases curtas.

Mas, atenção: lembre-se sempre de consultar o seu médico de confiança antes de começar a realizar qualquer atividade física. 

Praticar exercícios físicos regularmente reduz em 14% os riscos de um ataque cardíaco, segundo a Secretaria de Saúde de São Paulo.

3) Corte o cigarro e evite bebidas alcoólicas

Além de aumentar as chances de desenvolvimento de uma doença cardiovascular, o cigarro e a bebida alcoólica podem trazer outros problemas de saúde, como a hepatite, cirrose hepática, câncer de pulmão, laringe e faringe, entre outros. 

Isso porque o álcool prejudica as células do coração, fazendo com que ele saia do ritmo sinusal, ou seja, o ritmo normal. 

Já o cigarro contém cerca de 4.720 substâncias químicas, que podem estreitar as artérias do coração e elevar a pressão arterial. Além disso, todas essas substâncias fazem com que o oxigênio não seja enviado da maneira correta para os outros órgãos do corpo, obrigando o coração a trabalhar mais. 

Fumar aumenta em 30% o risco de ter um ataque cardíaco, segundo a Secretaria de Saúde de São Paulo.

4) Esteja dentro do peso ideal

O sobrepeso pode desencadear diversos tipos de doenças cardiovasculares, como colesterol alto e hipertensão, além da obesidade.

As dicas 1, 2 e 3 são as principais maneiras para controlar o peso e estar dentro do que é esperado para o seu tamanho e idade. 

Para ter melhores orientações, a indicação é procurar uma nutricionista, que irá montar um cardápio personalizado, tirar dúvidas e acompanhar de perto o paciente.

5) Faça check-ups constantemente

Conforme falamos no começo do texto, algumas doenças são silenciosas. Isso significa que elas podem ser diagnosticadas apenas por exames e consultas médicas. Por isso, manter a rotina de consultas com um médico cardiologista é muito importante.

Quando diagnosticada logo de início, as chances de cura de uma doença são muito maiores. Além disso, as opções de abordagem também podem ser maiores com o diagnóstico precoce.

Agora que você já sabe como se prevenir de doenças cardiovasculares, que tal encaminhar esse texto para um amigo ou familiar? Dessa forma, você demonstra todo o seu amor em forma de cuidado!

A cardiopatia congênita é qualquer anormalidade ou malformação no músculo do coração ou em suas funções. Elas surgem ainda quando o feto está na barriga e está passando pelo período de formação do órgão, por volta de 8 semanas de gestação.

Segundo a Organização Mundial da Saúde, OMS, cerca de 130 milhões de crianças sofrem com algum tipo de cardiopatia congênita. No Brasil, de acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia, nascem cerca de 28 mil crianças por ano com alguma malformação no coração.

Essas anormalidades no coração podem revelar sintomas logo no nascimento, na infância ou já na fase adulta. Em alguns casos, os sintomas nunca aparecem. 

Quais são os tipos de cardiopatias congênitas?

A cardiopatia congênita pode ser classificada de duas formas.

1) Cardiopatia congênita acianótica

Nesse caso, são as cardiopatias que não oferecem alterações tão graves na função cardíaca. 

A quantidade e intensidade de sintomas depende da gravidade de cada caso. As principais cardiopatias congênitas acianóticas são: 

Comunicação interatrial (CIA)

Nesse caso, há uma comunicação anormal nos átrios cardíacos. 

Comunicação interventricular (CIV)

Como o nome pode indicar, nesta cardiopatia a comunicação entre os ventrículos acontece de maneira inadequada. Isso porque há um defeito nas paredes desses ventrículos, causando a mistura entre os sangues oxigenado e não oxigenado. 

Persistência do canal arterial (PCA)

O canal arterial aparece durante a gestação e liga o ventrículo direito do coração do bebe à aorta. Dessa forma, o sangue consegue chegar à placenta e receber oxigênio.

Após o nascimento, esse canal deve se fechar, porém, em pacientes com essa cardiopatia, isso não acontece. Esse canal aberto pode gerar problemas de oxigenação do sangue do bebê.

Defeito no septo atrioventricular (DSAV)

Essa cardiopatia provoca uma comunicação inadequada entre o átrio e o ventrículo, dificultando o funcionamento adequado do coração.

2) Cardiopatia congênita cianótica

Ao contrário das cardiopatias acianóticas, as cianóticas são mais graves, pois afetam de forma mais significativa o bom funcionamento do coração, o fluxo sanguíneo e a quantidade de oxigênio no sangue.

Nas cardiopatias congênitas cianóticas, os sintomas podem ser mais graves e podem provocar convulsões e até a morte.

As principais cardiopatias congênitas cianóticas são:

Tetralogia de Fallot

Essa cardiopatia é causada pela soma de 4 defeitos no coração: estreitamento da válvula que passa o sangue do coração para o pulmão, falha na comunicação entre os ventrículos cardíacos, alteração na posição da aorta e aumento do ventrículo direito.

Anomalia de Ebstein

Nessa cardiopatia congênita o fluxo sanguíneo é dificultado por conta de anomalias na válvula tricúspide, responsável pela comunicação das câmaras do lado direito.

Atresia pulmonar 

O defeito que gera essa cardiopatia é a falta de comunicação entre o coração e o pulmão, impedindo a chegada de oxigênio na corrente sanguínea.

Sintomas da cardiopatia congênita 

Conforme dito acima, os sintomas da cardiopatia congênita dependerão do nível e complexidade das falhas cardíacas. 

Em geral, os sintomas mais comuns das cardiopatias são:

Nos bebês, mais alguns sinais de cardiopatia congênita podem ser notados. São eles:

Já em crianças mais velhas ou adultos, outros sintomas são:

Como a cardiopatia congênita é diagnosticada?

As cardiopatias congênitas podem ser diagnosticadas ainda na gestação. Os exames morfológicos são os que indicam as más formações nos corações dos fetos. 

Depois que a suspeita é levantada, é feito um ecocardiograma no coração do bebê, que será avaliado mais detalhadamente, permitindo a confirmação se há alguma anomalia na estrutura ou na função do órgão.

Caso não seja identificado ainda dentro da barriga da mãe, o próprio pediatra pode identificar problemas, como o sopro ou a frequência cardíaca alterada. Depois disso, o pediatra encaminha o paciente para um cardiopediatra. 

Esse profissional, por sua vez, irá solicitar exames complementares para fechar o diagnóstico. Alguns desses exames podem ser o eletrocardiograma, a radiografia de tórax ou o ecocardiograma.

Na idade adulta, os exames solicitados podem ser os mesmos.

Tratamentos para a cardiopatia congênita

Muitos casos demoram para ser diagnosticados e podem ser resolvidos de forma espontânea conforme o crescimento do paciente, sem precisar de nenhum tipo de medicação ou outro tipo de tratamento.

Quando é necessária a intervenção, os tratamentos da cardiopatia congênita podem envolver o uso de medicamentos para ajudar nos sintomas. Alguns exemplos de remédios são os betabloqueadores, para controlar a frequência cardíaca e os inotrópicos, para aumentar a intensidade dos batimentos.

Na maioria dos casos, o tratamento definitivo das cardiopatias é feito por meio de cirurgia, algumas minimamente invasivas e outras mais invasivas, que irão corrigir as anomalias e possibilitar a extinção da doença e dos sintomas.

Como prevenir a cardiopatia congênita?

Conforme dito nesse texto, a cardiopatia congênita acontece na formação do feto. Por isso, não há uma forma de prevenção para a doença. 

Porém, algumas medidas podem ser tomadas para tentar evitar essa malformação durante a gestação. 

Antes de engravidar, a mulher pode procurar o seu médico ginecologista para conferir se está em boas condições de saúde. Além disso, nos primeiros meses de gestação, é recomendada a ingestão do ácido fólico.

A falta dessa vitamina no corpo pode ser um dos fatores que desencadeiam não só malformações cardíacas, mas também falhas do sistema nervoso central do feto. 

Por fim, a gestante também deve adotar hábitos saudáveis, como alimentação balanceada, não fumar, não beber e não ingerir medicamentos sem a liberação do médico responsável. 

A reabilitação cardiopulmonar é um conjunto de práticas e exercícios que ajudam na recuperação de pacientes que tenham doenças crônicas pulmonares ou passaram por algum tipo de doença que acometeu os órgãos.

O objetivo dessa reabilitação é:

Ou seja, esse é um método que busca melhorar a qualidade de vida do paciente, promover a saúde e o bem estar por meio de um processo não invasivo e controlar os riscos de novas crises ou de piora da doença.

Para quais pacientes é indicada a reabilitação cardiopulmonar?

A reabilitação pulmonar deve ser indicada pelo médico responsável, de acordo com as particularidades de cada paciente. 

No geral, a reabilitação cardiopulmonar é indicada para os casos de:

Além disso, a reabilitação cardiopulmonar pode servir como recuperação após um procedimento cirúrgico feito nas áreas cardiovasculares e no pulmão. Alguns casos onde a reabilitação é indicada são:

Por outro lado, em algumas situações a reabilitação cardiopulmonar não é indicada. É o caso de pacientes com condições cardiológicas não controladas, que limitem a prática de exercícios e pacientes com condições ortopédicas e neurológicas que reduzem a mobilidade ou as possibilidades de executar o que é proposto.

Como é feita uma reabilitação cardiopulmonar?

Antes de começar a reabilitação, o paciente é analisado para determinar qual o grau de sua doença, e o nível de risco. Para determinar esses fatores, são utilizados exames como o de sangue e físico e o histórico médico do paciente. 

Depois, as atividades são prescritas de maneira personalizada e algumas metas são traçadas para o paciente alcançar até o final de suas sessões de reabilitação. Geralmente, a duração do programa é de 3 meses, sendo 36 sessões. Essa duração, porém, depende do local onde o programa será feito.

A reabilitação cardiopulmonar pode ser composta de: 

Assim como a duração, dependendo do lugar onde é feito, os processos podem ser diferenciados.

Depois de finalizar as sessões, o paciente é analisado novamente e pode continuar com a reabilitação pulmonar ou receber alta médica.

A reabilitação cardiopulmonar e a COVID-19

A COVID-19 por si só já danifica parte do pulmão dos pacientes. Em casos mais graves, com hospitalização prolongada, a saúde pode ser prejudicada de maneira mais expressiva, causando alterações pulmonares, cardiovasculares, musculares e até cognitivas.

É indicado que a reabilitação cardiopulmonar comece na internação, de forma individualizada e gradual. Depois da alta hospitalar, é indicado continuar com a reabilitação, com o objetivo de amenizar e até reverter os efeitos negativos causados pela doença.

Tanto nos casos de COVID-19 quanto nos casos de outras doenças, os pacientes são acompanhados por uma equipe multidisciplinar, que pode contar com um pneumologista, cardiologista, fisioterapeuta, nutricionista, psicólogo, terapeuta ocupacional, além de profissionais de enfermagem.

Se você conhece alguém que tenha doenças pulmonares ou cardiovasculares, compartilhe esse texto com ela! Dessa forma, ela poderá ter uma vida melhor e com menos crises da doença. 

As valvulopatias são doenças que atingem as válvulas do coração, por isso, também são conhecidas como valvulopatias cardíacas. Por causa do mau funcionamento dessas válvulas, o sistema cardiovascular fica prejudicado, bem como a distribuição de sangue para o organismo.

O coração possui quatro válvulas: a tricúspide, mitral, pulmonar e aórtica. Estas válvulas abrem e fecham conforme os batimentos do coração, permitindo que o sangue circule para todas as partes do corpo. 

Quando há uma valvulopatia, significa que uma dessas válvulas não funciona como deveria, podendo causar dois tipos de problema: 

Tipos de valvulopatias

Conforme falamos acima, existem quatro válvulas no coração. Por isso, existem quatro tipos de valvulopatias, contudo as valvulopatias tricúspide e pulmonar são extremamente raras, por isso iremos focar nas doenças da válvula mitral e aórtica.

1) Valvulopatia mitral

A válvula mitral fica entre o ventrículo e o átrio esquerdo do coração, permitindo o fluxo de sangue entre eles.

Quando acontece a estenose mitral, o átrio esquerdo fica sobrecarregado, por conta do sangue que ficou acumulado em seu interior.

No caso da insuficiência mitral, o átrio esquerdo sofre uma dilatação progressiva para conter o sangue que volta do ventrículo esquerdo.

A valvulopatia mitral pode ter mais causas, algumas delas são:

2) Valvulopatia aórtica

Nesse tipo de valvulopatia, há um problema com a válvula aórtica, que faz a passagem de sangue entre o ventrículo esquerdo e a artéria aorta, que transfere o sangue oxigenado para todo o corpo.

Nos casos de estenose, há diminuição no fluxo de sangue oxigenado para a aorta, consequentemente para todos os órgãos. Já no caso de insuficiência, o sangue ejetado para a aorta retorna ao ventrículo esquerdo devido a incapacidade da válvula aórtica de fechar completamente nestas situações. A válvula aórtica normalmente tem 3 folhetos, porém algumas pessoas nascem com 2 folhetos, ao que damos o nome da válvula aórtica bicúspide, aumentando a chance de problemas futuros nesta válvula.

A estenose aórtica, que acontece principalmente em pacientes idosos, tem se tornado cada vez mais frequente nos últimos anos devido ao envelhecimento da população. As principais causas de estenose aórtica são a calcificação/degeneração que ocorrem ao longo das décadas, a doença reumática e as malformações congênitas, principalmente a válvula aórtica bicúspide.

Principais sintomas de valvulopatias 

Em alguns casos, as valvulopatias podem passar anos sem apresentar qualquer tipo de sintoma. Porém, quando os sintomas aparecem, eles pioram progressivamente ao longo da vida do paciente.

Por ter dificuldades em bombear o sangue para o corpo, podem surgir sintomas como:

É muito importante procurar um cardiologista assim que os sintomas sejam identificados. Quando não tratados corretamente, as valvulopatias podem evoluir para insuficiência cardíaca, formação de coágulos ou até mesmo uma parada cardíaca.

Como diagnosticar as valvulopatias?

Para confirmar a valvulopatia, o cardiologista, junto com o resultado dos exames, irá considerar o histórico do paciente e os sintomas apresentados.

Alguns dos exames mais comuns para diagnosticarem as valvulopatias estão: 

Há, também, a possibilidade de o profissional solicitar um cateterismo cardíaco, um procedimento que permite visualizar as artérias que irrigam o coração e as câmaras cardíacas com resolução superior.

Tratamentos para as valvulopatias

Para realizar o tratamento das valvulopatias, são considerados alguns pontos como os sintomas do paciente, as causas, as condições clínicas do paciente e a agressividade da doença. 

Porém, em um cenário geral, três caminhos são considerados para os tratamentos:

Medicamentos

Alguns remédios podem ser indicados para tratar os sintomas da doença.

Nos casos onde os pacientes são submetidos à cirurgia, alguns medicamentos podem ser interrompidos logo depois. Já em outros casos, os medicamentos acompanham o paciente ao longo da vida.

Reparo da válvula

Esse é o caso de uma cirurgia ou procedimento cirúrgico minimamente invasivo que tem como objetivo reparar a válvula com problema. Um procedimento minimamente invasivo utilizado para algumas situações de insuficiência mitral é o Mitraclip®.

Substituição da válvula

Quando o reparo não é possível, a substituição se faz necessária. Nos últimos anos foram desenvolvidos procedimentos de substituição da válvula aórtica sem necessidade de cortes, através de punções somente, com ótimos resultados, alta hospitalar em poucos dias e recuperação muito rápida dos pacientes. É a TAVI, que revolucionou o tratamento da estenose aórtica.

Como o próprio nome sugere, no caso de substituição, a válvula danificada é trocada por uma funcional.

Como prevenir as valvulopatias?

É importante, para evitar as valvulopatias, tratar corretamente qualquer amigdalite que ocorrer, principalmente se ela vier acompanhada de febre e durar mais do que 48 horas.

Isso pode prevenir uma febre reumática e, consequentemente, a lesão da válvula cardíaca. 

Contudo a melhor prevenção ainda é fazer o diagnóstico precoce da valvulopatia, o que melhora muito o resultado do tratamento. Como fazer o diagnóstico precoce? Procurando seu médico quando tiver sintomas e fazendo o acompanhamento cardiológico!

Você já conhecia as valvulopatias? Compartilhe esse texto com amigos e familiares!

Meta-descrição: As valvulopatias são defeitos nas válvulas do coração e, quando não tratadas, podem causar problemas graves de saúde. Saiba mais sobre elas aqui!

A insuficiência cardíaca é uma síndrome clínica onde o coração não consegue bombear o sangue corretamente para o resto do corpo. Segundo estudos, mais de 23 milhões de pessoas pelo mundo sofrem com esse tipo de doença cardíaca. 

Essa insuficiência acontece quando a contração e relaxamento do coração não funcionam corretamente. Com isso, os órgãos do corpo acabam não recebendo a quantidade correta de oxigênio como deveriam. 

Quando a doença não é tratada adequadamente, pode reduzir drasticamente a qualidade de vida do paciente, gerando pequenos desconfortos no corpo, como: cansaço, tosses noturnas, inchaço nas pernas, falta de ar entre outros.

Além da redução na qualidade de vida, existe uma redução significativa na expectativa de vida dos pacientes com insuficiência cardíaca sem tratamento adequado, em algumas situações com prognósticos piores que a maioria dos tipos de câncer.

Causas

A grande maioria das causas da insuficiência cardíaca decorre de outras doenças do coração. Ou seja, ela se origina por causa de um problema cardíaco pré-existente do paciente. 

Elas também podem surgir quando o paciente tem hábitos poucos saudáveis, como por exemplo, o hábito de fumar, ingerir bebida alcoólica em excesso, não fazer exercícios, entre outros.

Algumas doenças que podem causar a insuficiência cardíaca são:

Quais são os tipos de insuficiência cardíaca?

Insuficiência cardíaca aguda

Este tipo de insuficiência se desenvolve de uma forma repentina, com sintomas graves desde o início da doença. 

Na maioria das vezes, ela acontece após uma outra doença repentina do coração, como um ataque cardíaco que acaba causando lesões, por exemplo. 

Porém, depois de iniciado o tratamento, pacientes com insuficiência cardíaca aguda tendem a ter uma melhora significativa em pouco tempo.

Insuficiência cardíaca crônica

Ao contrário da insuficiência cardíaca aguda, a insuficiência cardíaca crônica aparece ao longo do tempo. 

Ela é o tipo mais comum de insuficiência cardíaca e pode se agravar com o passar dos anos. 

Insuficiência cardíaca do lado esquerdo e direito

A insuficiência cardíaca normalmente afeta ambos os lados do coração, porém, em alguns casos, um dos lados pode ser mais afetado do que o outro. Nesses cenários, a doença pode ser descrita como insuficiência cardíaca direita ou esquerda.

Sintomas de insuficiência cardíaca

O sintoma mais significativo de insuficiência cardíaca é o cansaço excessivo na realização de tarefas do dia a dia, como caminhar, brincar com os filhos ou subir escadas, por exemplo.

Com o passar do tempo, o cansaço pode progredir e, em alguns casos, ocorrer até mesmo com o paciente em repouso. 

 Além disso, a insuficiência cardíaca pode apresentar os seguintes sinais:

Se você apresenta algum dos sintomas listados acima, é indicado procurar um cardiologista para que sejam feitos exames de avaliação do coração.

Diagnóstico

Para a confirmação de insuficiência cardíaca, o médico cardiologista poderá pedir alguns exames, pois é uma doença complexa e pode precisar de mais de um exame para confirmar o seu diagnóstico.

Além desses exames, o profissional irá avaliar alguns sintomas e o quadro clínico apresentado. Outros fatores que serão analisados é o estilo de vida do paciente, histórico de doenças e histórico familiar, já que doenças cardíacas podem ser genéticas.

Os exames mais comuns para serem feitos são:

Lembre-se que apenas um médico pode diagnosticar a doença e avaliar os melhores tipos de tratamentos e remédios. 

Tratamento

O cardiologista é o médico que deverá prescrever todo o tratamento, que normalmente é feito de uma forma simples e em casa, com remédios para baixar a pressão, para o coração e diuréticos.

O processo de cura para a insuficiência cardíaca não é feito apenas com remédios. Junto a isso, o paciente precisa mudar os hábitos de vida e alimentares. Eventualmente procedimentos cardiológicos podem vir a ser necessários.

Para isso, é indicado a diminuição do consumo de sal e de produtos com grandes níveis de gordura. Além disso, é recomendado que inclua em sua rotina exercícios físicos sem muito impacto. 

Em casos mais graves da doença, ou quando a insuficiência cardíaca não foi diagnosticada previamente, um transplante de coração pode ser necessário. 

Prevenção

A prevenção da insuficiência cardíaca começa com um estilo de vida mais saudável. Contudo a melhor medida é o diagnóstico precoce, o que aumenta em muito as chances de cura, por isso a necessidade de reavaliações frequentes.

Por isso, é recomendado realizar atividades físicas regulares, diminuir o sal da comida, beber mais água, não fumar e evitar a ingestão de álcool. 

Se o paciente já possui alguma outra doença que possa evoluir para a insuficiência cardíaca, é importante manter o tratamento médico, estar com a rotina de consultas e exames em dia. 

Caso você conheça alguém que esteja com algum dos sintomas que citamos ou com alguma doença que cause a insuficiência cardíaca, não esqueça de enviar esse texto à ela e recomendar um cardiologista de confiança!

O check-up médico significa uma avaliação periódica que todas as pessoas devem realizar para manter a saúde em dia e identificar possíveis doenças ou outros problemas que podem afetar o paciente.

Essa avaliação, além da consulta, também engloba exames de rotina, que podem incluir os clínicos, feitos, muitas vezes, dentro do consultório médico, como palpação, ausculta, medição de febre, pressão, entre outros. 

Os exames laboratoriais e de imagem também são, na maioria das vezes, solicitados pelo profissional que está atendendo o paciente. 

Qual a importância de um check-up?

Conforme citado acima, o check-up pode identificar doenças ou problemas de saúde silenciosos, ou seja, que ainda não apresentaram nenhum tipo de sintoma. 

Doenças como câncer e diabetes são exemplos de enfermidades que podem ser silenciosas no começo e, após a análise de exames, são descobertas durante uma consulta de rotina. Esse é o caso, também, de problemas como o colesterol alto e a hipertensão.

É muito importante lembrar que, na grande maioria dos casos, doenças que são diagnosticadas no início têm mais chances de cura ou controle com o tratamento indicado. 

Em casos de pacientes com algum tipo de condição agravante, como histórico familiar ou doenças pré-existentes, o check-up é ainda mais importante, já que pode identificar precocemente algum tipo de avanço ou sinal de surgimento da doença.

Na consulta de rotina, como também é conhecido o check-up, o médico pode indicar algumas ações de prevenção de doenças, como vacinação, balanceamento de dieta, entre outras orientações para hábitos saudáveis.

Quando necessário, o profissional também pode encaminhar o paciente para outras especialidades, como nutricionistas, fisioterapeutas, psicólogos, entre outros.

Em geral, o objetivo de um check-up é fazer com que o paciente saudável continue sendo saudável por muito mais tempo, eliminando de sua rotina fatores de risco para o desenvolvimento de doenças.

Quando eu devo fazer um check-up?

A periodicidade dos check-ups é definida pelos profissionais que acompanham os pacientes. Porém, na maioria dos casos, o indicado é visitar o médico anualmente.

Já os pacientes com fatores de risco, como obesidade, fumantes ou com maiores chances de desenvolverem problemas cardíacos, devem ficar ainda mais atentos aos sinais do corpo. Além de irem ao médico regularmente, precisam relatar qualquer alteração corporal, como cansaço frequente, fadiga, e dor no peito, por exemplo.

Quais os exames de rotina mais comuns?

Novamente, nesse caso é importante levar em consideração as particularidades de cada pessoa. Se o paciente já teve algum problema cardíaco, por exemplo, os cuidados com o coração serão maiores, por isso, a lista de exames será mais extensa. 

Falando mais sobre os exames, eles permitem que o médico veja como estão os funcionamentos dos órgãos, como o coração, rins, fígado, além de identificarem alterações no sangue, como anemia ou infecções. 

Além dos exames clínicos, que falamos acima, no geral, os exames mais comuns são:

Laboratoriais

Imagens e radiológicos

Além disso, a lista de exames será diferente para homens e mulheres.

Enquanto as mulheres realizam o citopatológico e Mamografia e Ultrassonografia transvaginal, é comum, para os homens, dosagem de PSA.

E você? Já fez o seu check-up esse ano? Caso a sua resposta seja não, é muito importante estar em dia com as consultas e exames de rotina, afinal, são eles que garantem que você viva bem e melhor!

Que tal aproveitar esse texto e enviar para um amigo ou um familiar que precisa realizar o check-up esse ano?

A arritmia cardíaca acontece quando o coração bate em um ritmo anormal, podendo ser mais acelerado ou mais devagar. Esse ritmo prejudicado também pode influenciar o fluxo de sangue para todo o corpo.

As arritmias podem surgir por causa de um problema físico ou psicológico e são divididas de duas formas:

A arritmia é considerada uma doença quando acontecem em situações anormais. Depois de realizar uma atividade física, por exemplo, é normal que o coração esteja em um ritmo mais acelerado.

Em pessoas com o coração saudável, esse ritmo acelerado tende a se normalizar. Porém, a taquicardia começa ser um problema quando acontece em momentos aleatórios do dia, com frequência e sem causas aparentes.

Quando não tratadas corretamente, as arritmias podem trazer uma série de complicações graves, como desmaio, insuficiência cardíaca, AVC, infarto e até mesmo uma parada cardíaca. 

Tipos de arritmia

As arritmias podem acontecer de diversas maneiras, acometendo diferentes partes do coração. As principais delas são:

Fibrilação atrial

Esse é o tipo mais comum das arritmias. Ela acomete até 30% da população idosa. Já quando falamos da população em geral, as taxas chegam a 1%.

Nesse tipo de arritmia, ao invés de bater, o átrio cardíaco, que é a parte superior do coração, vibra, podendo acumular sangue no apêndice atrial. Esse acúmulo pode levar a formação de coágulos, que quando caem na corrente sanguínea, podem chegar até o cérebro, coração ou membros inferiores, causando um Acidente Vascular Cerebral, conhecido como AVC ou Derrame, infarto agudo do miocárdio, ou isquemia aguda de membros inferiores. Na presença desta arritmia, um cardiologista habilitado irá calcular a chance de embolias e a relação risco/benefício de utilizar anticoagulantes na sua situação.

Taquicardias supraventriculares

Nesse caso, acontece as extrassístoles, que são batimentos extras do coração, interrompendo o ritmo sinusal – o ritmo normal.

Arritmia ventricular

O coração é dividido entre os átrios, que ficam na parte de cima, e os ventrículos, que ficam na parte debaixo do órgão.

No caso da arritmia ventricular, os ventrículos batem rapidamente e de maneira desordenada, causando um ritmo anormal para o coração.

Sintomas da arritmia

Como falamos acima, a arritmia acontece quando o coração bate num ritmo diferente do sinusal, considerado o normal. 

Por isso, o principal sintoma deste problema é a palpitação e a sensação de coração acelerado ou mais lento. 

Além disso, outros sintomas de arritmia são: 

Se você sentir um ou mais sintomas dos citados acima, é muito importante procurar um cardiologista para investigar as causas e determinar o melhor tratamento.

Como diagnosticar uma arritmia? 

Um coração saudável bate em torno de 50 a 100 vezes por minuto em condições normais, ou seja, sem que o paciente esteja fazendo esforço físico ou esteja em repouso por muito tempo.

Se após a medição esse número for menor ou maior, e se manter assim em outros momentos, esse pode ser o primeiro sinal de arritmia. Além disso, a arritmia pode se manifestar com um batimento cardíaco irregular. Alguns smartwatches, principalmente o Apple Watch Série 4 ou acima, tem capacidade de detectar arritmias, inclusive sendo usados em alguns estudos científicos de detecção de arritmias, com ótimos resultados.

Para confirmar as suspeitas, o paciente deve marcar uma consulta com o cardiologista, que poderá pedir alguns exames para comprovar o diagnóstico. Entre eles, estão: 

Após analisar os resultados, os sintomas e o histórico do paciente, o diagnóstico é fechado. 

Tratamento para arritmia

Em primeiro lugar, é importante determinar o motivo pelo qual essa arritmia está acontecendo. Muitas vezes, ao resolver o problema principal, a arritmia cessa. 

Já em casos que o tratamento deve ser focado na arritmia em si, pode envolver medicamentos para controlar os batimentos irregulares, como os antiarrítmicos.

Outro tipo de medicamento que pode ser receitado como tratamento da arritmia são os anticoagulantes, que previnem a formação de coágulos e evitam embolias ou AVC. 

Procedimentos cirúrgicos podem ser considerados quando o problema não se resolve com medicamentos. É o caso da cirurgia de ablação, um procedimento minimamente invasivo que arruma a sinalização elétrica do coração, o que pode estar causando a arritmia. 

Nos casos mais graves, pode ser considerada a colocação de um marcapasso ou de um cardiodesfibrilador.

Nessa primeira opção, o dispositivo ajuda a coordenar os batimentos e contrações do coração, melhorando o seu funcionamento e o ritmo cardíaco. 

Já na segunda, os batimentos são monitorados de forma contínua, para detectar qualquer tipo de alteração. Quando uma arritmia cardíaca maligna com risco de vida é detectada, o dispositivo envia uma carga elétrica específica para regularizar os batimentos cardíacos. 

Prevenção da arritmia cardíaca 

A prevenção da arritmia pode ser feita de forma muito simples, mudando, apenas, alguns hábitos, como:

De forma resumida, a doença arterial coronariana (DAC) é o resultado do bloqueio dos vasos sanguíneos que suprem o músculo cardíaco, conhecidos como artérias coronárias. 

Sendo assim, na isquemia cardíaca, o fluxo de sangue que deveria ir para o coração é reduzido, de modo que o oxigênio não chega ao órgão em quantidade suficiente.

A isquemia, em geral, é um fenômeno que pode ocorrer em qualquer parte do corpo. A essência do problema é que as artérias que levam sangue aos órgãos estão total ou parcialmente obstruídas. 

No caso da cardiopatia isquêmica, como o próprio nome sugere, é o coração que é afetado. Dependendo da extensão do problema, pode levar a condições críticas, como um ataque cardíaco.

Cardiopatia isquêmica – quais as causas?

Como muitos problemas cardíacos, a doença isquêmica pode ocorrer devido a fatores de risco. São eles: 

Outro fator de risco que deve ser considerado, é o histórico familiar. Se algum parente de primeiro grau já sofreu um ataque cardíaco, sugere uma possível predisposição genética.

A principal causa da cardiopatia isquêmica é a aterosclerose. Contudo outros problemas cardíacos, como ponte intramiocárdica, espasmo de artéria coronária e coágulos sanguíneos podem causar angina.

Cardiopatia isquêmica – quais os sintomas?

A angina se manifesta de duas maneiras:

Cardiopatia isquêmica estável

Manifestações regulares, ou seja, dor torácica intensa. Geralmente aparece após um  episódio de esforço físico ou estresse, mas pode também ocorrer sem relação com o esforço físico.

Cardiopatia isquêmica instável

A qualquer momento, sendo um sinônimo de infarto do miocárdio (coração). A angina instável deve ser tratada com urgência, pois pode levar a complicações graves.

Na verdade, nem sempre o problema apresenta a típica dor no peito, outras manifestações podem ser atribuídas à doença:

Como o médico faz o diagnóstico?

Por ser uma doença silenciosa, não é tão fácil de identificar. Pelo contrário, quando as pessoas chegam com queixas ao hospital, é porque a doença já está mais complicada. 

Felizmente, a cardiopatia isquêmica pode ser detectada em check-up, e por isso é importante manter o acompanhamento médico com frequência.

Se você notar algum sintoma, consulte o seu médico de confiança, que pode encaminhá-lo a um neurologista ou cardiologista. Esses são os melhores profissionais para identificar o problema o mais cedo possível. 

Durante uma consulta mais detalhada com seu médico, será realizado um prontuário para coletar o histórico médico do paciente e dos familiares. 

É importante ser transparente e relatar todos e quaisquer problemas de saúde, incluindo resultados de exames de sangue dos últimos três meses. Por se tratar de uma doença que começa assintomática, são informações assim que ajudarão o médico a entender seu problema. 

Para complementar o diagnóstico, os médicos podem solicitar exames como: 

Existem também exames mais modernos, como o IVUS (ultrassom intracoronariano), o OCT (imagem infravermelho intracoronariana) e o iFR/FFR (usado para definir gravidade de estenoses intermediárias), que ajudam no diagnóstico. 

Desse modo, o profissional de saúde conseguirá descartar a possibilidade de outras possíveis doenças antes de fechar seu diagnóstico.

Tratamento

O tratamento será decidido por um profissional habilitado após os testes citados acima, além de, é claro, também de se basear no prontuário médico e na entrevista com o paciente. 

De qualquer modo, os principais tipos de tratamento são:

Medicamentos

Agentes redutores de colesterol, anticoagulantes, bloqueadores dos canais de cálcio, relaxantes coronários, nitratos, inibidores da enzima conversora de angiotensina (ECA) são alguns exemplos de remédios que podem ser indicados pelo profissional.

Esse é o método menos invasivo, mas nem sempre é suficiente.

Tratamentos para melhorar o fluxo sanguíneo

Esses tratamentos podem incluir a cirurgia de revascularização do miocárdio, onde um enxerto é colocado em uma artéria danificada junto com outro vaso sanguíneo, ou o implante de stent, que é uma pequena pequena ”molinha”, de material especial com medicamento específico para não trombosar, implantada na obstrução da artéria para recuperar o fluxo sanguíneo desta.

Apenas seu médico tem condição de indicar o melhor tratamento para o quadro clínico. Cada intervenção considera diversos fatores, como o estágio das doenças, os fatores de risco e complicações já apresentadas pelo paciente. 

Se você conhece alguém que tenha cardiopatia isquêmica, que tal encaminhar esse texto para ela? Dessa forma, você a ajuda a cuidar da saúde e pode evitar complicações em seu quadro.

O colesterol elevado acontece quando há elevada concentração de gordura na corrente sanguínea. Com esse aumento, as chances de doenças cardiovasculares, como infarto e AVC, também aumentam, já que as placas de gordura se acumulam nas paredes das artérias, obstruindo a passagem do fluxo sanguíneo. 

Ao contrário do que muitas pessoas pensam, o colesterol não é totalmente ruim. Na verdade, ele é dividido entre o colesterol HDL, conhecido como “colesterol bom” e LDL, que é o “colesterol ruim”.

O colesterol elevado acontece quando esse colesterol ruim, ou LDL, está em grandes quantidades na corrente sanguínea do paciente.

Já o HDL, é essencial no nosso corpo e atua retirando o excesso de gordura dos vasos sanguíneos levando ao fígado para processamento, reduzindo o LDL circulante.

O que causa o colesterol elevado?

Como você viu acima, o colesterol é uma parte importante do corpo humano, sendo que 70% dele é produzido pelo próprio fígado. Já os outros 30% são originários da dieta.

Uma das causas do colesterol elevado é o fator genético. Nesse caso, o fígado do paciente pode produzir mais colesterol LDL do que necessário ou impedir que ele seja eliminado com eficiência. 

O segundo motivo que pode causar o colesterol elevado é a alta ingestão de alimentos com gorduras saturadas e gorduras trans. Além disso, o sedentarismo também é um fator importante que ajuda a aumentar o colesterol ruim no corpo. 

Alguns outros fatores podem aumentar a chance do paciente desenvolver o colesterol elevado. São eles: obesidade, idade avançada, diabetes e o hábito de fumar.

Sintomas do colesterol elevado

O colesterol elevado é um problema silencioso, ou seja, não apresenta nenhum sintoma característico. Alguns poucos pacientes podem apresentar xantelasmas (pequenas bolsas de gordura nas pálpebras), ou um vinco diagonal no lóbulo da orelha (Sinal de Frank), ambos relacionados a altos níveis de colesterol.

Os pacientes, porém, podem demonstrar alguns sinais de problemas cardiovasculares, que se originam por causa do colesterol alto. 

Entre eles, podemos citar: 

Como é feito o diagnóstico do colesterol?

Conforme você viu acima, esse é um problema silencioso, por isso, o diagnóstico só irá se confirmar após a realização de um exame de sangue e a análise do médico responsável. 

Os especialistas mais indicados para diagnosticar e tratar os distúrbios relacionados ao colesterol são os cardiologistas. 

De acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia, para o colesterol ser considerado elevado, as taxas de colesterol total, que é a soma do colesterol bom, ruim e dos triglicerídeos numa fórmula específica, deve se manter abaixo de 190 mg/dl. Já os valores do colesterol LDL (colesterol ”ruim”) devem ser definidos com base no cálculo do risco cardiovascular realizado pelo cardiologista durante a consulta.

Tratamento para o colesterol elevado

Após a análise dos exames, sintomas, fatores de risco e hábitos do paciente, o diagnóstico é feito pelo médico responsável.

Quando confirmado o colesterol elevado, os tratamentos serão individualizados para cada caso. Os profissionais irão avaliar a gravidade e as condições de cada paciente e podem optar pela utilização de remédios em associação a mudanças na rotina do paciente.

Nesse segundo cenário, o médico poderá indicar a prática regular de exercícios, além de uma dieta equilibrada, com frutas, verduras, legumes, cereais, carnes magras e carboidratos integrais.

É importante, também, evitar a bebida alcoólica e abandonar o cigarro, caso o paciente seja fumante. Outros alimentos que não são indicados para os pacientes com colesterol alto são os ultraprocessados, fritos ou com grande adição de componentes químicos.

Prevenção para o colesterol alto

A prevenção do colesterol elevado poderá ser feita com hábitos saudáveis, ou seja, uma boa dieta e prática de exercícios físicos constantes.

Outra forma de prevenir o problema é manter as consultas médicas em dia. Dessa forma, você pode diagnosticar precocemente o colesterol elevado, evitando que ele se transforme em outros problemas cardiovasculares mais graves. 

Não se esqueça que qualquer tipo de medicamento deve ser indicado por um profissional da área médica.

Se você estiver com suspeitas de que o seu colesterol está alto, marque uma consulta com o seu médico de confiança para que ele possa indicar os exames e o tratamento adequado para o seu caso. 

Agora que você já sabe sobre o colesterol elevado, que tal compartilhar esse texto com os seus familiares e amigos? Informação também é uma forma de cuidado! 

O infarto é um ataque cardíaco, que resulta na interrupção do fluxo de sangue para o coração. Normalmente, essa interrupção é resultado do fechamento absoluto ou parcial de determinada artéria, por um coágulo ou placa de gordura.

O músculo cardíaco age como uma bomba natural, destinando sangue rico em oxigênio para as células de todo o corpo. Esse processo é crucial para a nutrição celular e a atuação das funções vitais. A cada batimento do coração, o líquido transpassa pelas artérias, iniciando pela maior delas, a aorta.

As demais artérias finas se desenvolvem a partir dela, sendo responsáveis pela chegada do sangue em cada parte do corpo. Duas dessas divisões da aorta dão origem às artérias coronárias, a artéria coronária direita e o tronco da coronária esquerda, que se bifurca em artéria coronária descendente anterior e artéria coronária circunflexa, ambas irrigam o coração.

Nesse sentido, o infarto acontece quando uma das artérias coronárias fica obstruída, total ou parcialmente, danificando a chegada de sangue oxigenado à musculatura cardíaca. Sem a nutrição adequada, a parte que para de acolher sangue, morre. 

Infarto – quais são as causas?

A causa principal do infarto é a aterosclerose, que é o acúmulo de gorduras, colesterol e outras substâncias nas paredes das artérias. Esse fato é comum acontecer pelo envelhecimento, o que explica o motivo pelo qual o infarto é mais comum em pessoas acima dos 40.

Contudo, uma série de fatores de risco ajuda o avanço mais rápido da aterosclerose, contribuindo para a oclusão das artérias. Um desses fatores é a obesidade, que é relacionada a maus hábitos, como consumo excessivo de alimentos com um alto nível de gordura, pouco exercício físico, entre outros.

Esse excesso de gordura é bombeado para o organismo através do sangue, o que facilita a absorção de parte delas nas paredes arteriais. Por isso, o colesterol alto e a ingestão de gordura de forma constante, são fatores de risco.

Outro fator de risco é o cigarro. Ele contém substâncias que são capazes de tornar as paredes arteriais rígidas, o que faz as placas de colesterol grudarem com maior facilidade.

Também devemos citar a hipertensão e o diabetes na categoria de fatores de risco. Ambos contribuem para o depósito mais rápido e maior de gorduras nas paredes das artérias.

O consumo de bebidas alcóolicas em excesso também acarreta aumento da pressão arterial e dos níveis de colesterol, acelerando o processo de aterosclerose.

Quais os sintomas?

Perceber o infarto em estágio inicial é crucial, para que a pessoa seja socorrida de forma rápida, aumentando assim as chances de sobreviver ao evento. Em algumas situações, o problema demora para manifestar-se.

Nem sempre ter um infarto é sinônimo de dor no peito. É necessário atenção para sinais menos evidentes, como cansaço ao fazer um pequeno esforço, náuseas e falta de ar. Esses sintomas incomuns são mais frequentes em determinados grupos de pessoas, como idosos, diabéticos, portadores de doença renal crônica e mulheres.

Porém, mesmo podendo aparecer com mais frequência nesse grupo de pessoas, qualquer um pode sofrer com os efeitos primários da obstrução de alguma artéria. Por isso, atente-se aos principais sintomas de infarto e vá imediatamente ao hospital caso haja alguma suspeita:

Ao perceber algum dos sintomas, o paciente deverá procurar auxílio médico imediato. 

Diagnóstico

O diagnóstico é feito por exames, onde o cardiologista verifica os sintomas descritos pela pessoa e o eletrocardiograma.

O eletrocardiograma é um exame que avalia a movimentação elétrica do coração, com a possibilidade de verificar a frequência e o ritmo de batidas.

Além disso, o cardiologista pode pedir exames para detectar a existência de marcadores bioquímicos, que possuem uma maior concentração no sangue nas situações de infarto. O principal marcador de infarto é a troponina, marcador específico de infarto, que aumenta de 4 a 8 horas após o infarto e volta aos níveis normais em cerca de 10 dias.

Alguns pacientes terão uma chance intermediária de infarto com troponina e eletrocardiogramas sem alterações que indiquem diagnóstico, nestes casos poderá ser realizada uma cintilografia miocárdica ou uma angiotomografia de artéria coronárias, ambos exames usam técnicas de exames de imagem para entender se existe entupimento em alguma artéria do coração.

Diante das situações nas quais a chance de ter ocorrido um infarto é grande, o procedimento indicado é o cateterismo cardíaco.

Através dos resultados desses exames, o médico consegue identificar quando e em qual artéria ocorreu o infarto.

Tratamento

O tratamento para o infarto é realizado por meio de desobstrução do vaso através da angioplastia, que é a colocação de um stent (‘’molinha’’) onde havia o entupimento da artéria, ou pela cirurgia denominada por ponte de safena, conhecida por bypass cardíaco ou revascularização cirúrgica do miocárdio.

Além disso, é necessário que o paciente tome medicamentos que diminuam a formação de placas ou façam com que o sangue fique mais fino, facilitando sua passagem pelo vaso, como o ácido acetil salicílico, por exemplo. 

Por fim, é muito importante que o paciente mantenha bons hábitos alimentares, tenha uma rotina de exercícios físicos, não fume e beba quantidades moderadas de álcool.

Se você pensou em alguém enquanto lia esse texto, que tal compartilhar com essa pessoa? Afinal, é muito importante que todos conheçam os sintomas do infarto e suas causas.

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