O ultrassom intracoronariano, conhecido como USIC ou IVUS, é um exame de imagem que, através de um cateter, mostra a parte interna das artérias do coração em três dimensões, semelhante à visão real.
Ele é um exame invasivo, que é indicado para visualizar quando uma dessas artérias cardíacas estão obstruídas. Esse problema limita o fluxo sanguíneo para o órgão e pode causar problemas graves, como infarto e insuficiência cardíaca.
É muito importante que as doenças cardíacas sejam cuidadas com máxima urgência já que, segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia, elas são as responsáveis por cerca de 150 mil mortes por ano.
O ultrassom intracoronariano é feito juntamente com os procedimentos de angioplastia com colocação de stent e do cateterismo cardíaco.
Nele, é utilizada a anestesia local para o paciente. Depois, é feito um acesso no punho ou na virilha do paciente, por onde um cateter, com um pequeno ultrassom na ponta, será inserido.
Com auxílio de um aparelho radiográfico, o cateter segue pela veia do paciente até chegar ao coração. Lá, será identificado onde está a lesão ou o local onde está com a obstrução. Através das imagens que são reproduzidas em tempo real, o médico poderá decidir qual é o melhor tratamento para o paciente.
Caso a melhor opção seja a colocação do stent, o método complementa a angioplastia coronária, deixando ainda melhor a colocação do dispositivo. A combinação desses dois procedimentos reduzem as chances da formação de coágulos, que pode evoluir para uma embolia, ou o entupimento novamente da artéria ao longo do tempo.
O ultrassom também ajuda o médico a ver se o stent ficou bem colocado, caso ainda não esteja na melhor posição, o dispositivo é arrumado até que fique bem expandido. Existem estudos demonstrando que pacientes que botam o stent utilizando o ultrassom intracoronariano tem menos infartos e problemas no stent que os que não utiliza.
Depois de examinar o paciente e ver que os primeiros exames mostram algum tipo de alteração nas artérias do coração, o ultrassom intracoronariano é indicado.
Além disso, o cardiologista pode recomendar a realização do exame quando:
Os preparos para esse procedimento são os mesmos para a realização de uma angioplastia, já que são exames complementares.
Sendo assim, o paciente deve ficar de 4 a 6 horas de jejum, podendo comer depois de 1 hora da realização do exame.
Em pacientes diabéticos, as doses de remédios e insulinas devem ser controladas pelo médico responsável durante o procedimento. No caso de outros medicamentos contínuos, o paciente deve seguir as orientações do seu cardiologista.
Caso o paciente tenha feito outros tipos de exames cardíacos nos últimos seis meses, é recomendado levar para comparação ou para o médico entender onde deverá ter mais cuidado durante a captação das imagens.
É importante relatar caso o paciente tenha algum grau de alergia ao contraste, que é aplicado para a realização do exame.
A média de duração do exame é de 1 a 4 horas. Porém, caso o acesso do cateter tenha sido na virilha, o paciente precisa permanecer 6h deitado, com a perna imobilizada.
Dependendo do hospital onde os exames serão realizados, os preparos podem variar.
E você? Já conhecia esse exame? Que tal compartilhar com um amigo ou familiar para que eles também possam conhecer esse procedimento?