O acúmulo de placas de gordura (colesterol) nas paredes das artérias é um problema já muito conhecido. Seu tratamento pode ser realizado por meio da angioplastia.
Essa é uma cirurgia minimamente invasiva realizada para fazer reparos em veias, vasos e artérias dilatados, deformados ou que foram estreitados devido à formação das placas de gordura (ateromas).
Durante a angioplastia, é realizada a aterectomia, procedimento que faz a desobstrução da coronária quando há um aumento e endurecimento significativo dos ateromas, causados por uma calcificação acentuada. Hoje, também pode ser realizada a aterectomia com laser, alcançando grande sucesso devido à evolução da técnica.
Você viu que a aterectomia é realizada com o intuito de desobstruir a coronária quando há formação de placas em suas paredes. O método mais difundido para remover os ateromas é a aterectomia rotacional. Nela, são utilizados instrumentos como lixas ou lâminas para desgastar essas placas calcificadas e liberar a passagem do fluxo sanguíneo.
A aterectomia com laser de coronárias tem o mesmo objetivo, de fazer a remoção dos ateromas, porém, em vez de utilizar instrumentos rotativos é aplicado um laser. Ele destrói as placas com mais segurança e rapidez, inclusive, ajudando a evitar a reincidência do problema.
A aterectomia com laser de coronárias dispensa o uso dos equipamentos rotativos. Como dito, o próprio laser faz a remoção dos ateromas, deixando o caminho livre para que o stent possa atravessar a lesão e expandir da forma adequada dentro das artérias. Por isso, oferece altos índices de sucesso.
O laser atua nas placas que causam a obstrução por meio de três efeitos principais.
Como explicamos, a aterectomia é realizada durante uma angioplastia. Logo, o instrumento é inserido na artéria até alcançar o local da lesão. O laser é acionado e gradativamente remove as placas deixando a artéria completamente limpa e livre de calcificações.
Não são todos os casos de obstrução que precisam ser tratados por meio da aterectomia com laser. Na verdade, esse procedimento é indicado principalmente para as lesões mais complexas, como nos casos de trombose coronariana e de reestenose coronariana. Isso porque a técnica garante uma abertura adequada da lesão para realização do tratamento.
Utilizando cateteres com perfis menores a aterectomia com laser permite alcançar regiões que antes não eram passíveis de abordagem. Assim, possibilita fazer o tratamento de casos mais complexos e desafiadores.
Ela é escolhida quando não é possível alcançar resultados satisfatórios utilizando as técnicas convencionais. Assim, sua indicação se dá também para as obstruções coronarianas crônicas e as reestenoses de stent, que ocorrem quando há uma obstrução da região que já recebeu tratamento anterior.
A aterectomia com laser de coronárias pode ser utilizada para tratar tanto as lesões menores e focais quanto as lesões difusas de grande porte. Tudo isso alcançando resultados mais previsíveis com alta eficácia e segurança, o que traz novas possibilidades para o tratamento de pacientes cardíacos.