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Arritmia cardíaca:

você conhece essa condição?

Tempo de leitura: 3 min.
Atualizado em 16/01/2024
Dr Eduardo Antoniolli
Dr. Eduardo Antoniolli
Cardiologia Intervencionista
CRM: 39.275    RQE: 39.894

A arritmia cardíaca acontece quando o coração bate em um ritmo anormal, podendo ser mais acelerado ou mais devagar. Esse ritmo prejudicado também pode influenciar o fluxo de sangue para todo o corpo.

As arritmias podem surgir por causa de um problema físico ou psicológico e são divididas de duas formas:

  • Taquicardia, quando os batimentos do coração são mais acelerados do que o normal;
  • Bradicardia, quando os batimentos do coração são mais lentos do que o normal.

A arritmia é considerada uma doença quando acontecem em situações anormais. Depois de realizar uma atividade física, por exemplo, é normal que o coração esteja em um ritmo mais acelerado.

Em pessoas com o coração saudável, esse ritmo acelerado tende a se normalizar. Porém, a taquicardia começa ser um problema quando acontece em momentos aleatórios do dia, com frequência e sem causas aparentes.

Quando não tratadas corretamente, as arritmias podem trazer uma série de complicações graves, como desmaio, insuficiência cardíaca, AVC, infarto e até mesmo uma parada cardíaca. 

Tipos de arritmia

As arritmias podem acontecer de diversas maneiras, acometendo diferentes partes do coração. As principais delas são:

Fibrilação atrial

Esse é o tipo mais comum das arritmias. Ela acomete até 30% da população idosa. Já quando falamos da população em geral, as taxas chegam a 1%.

Nesse tipo de arritmia, ao invés de bater, o átrio cardíaco, que é a parte superior do coração, vibra, podendo acumular sangue no apêndice atrial. Esse acúmulo pode levar a formação de coágulos, que quando caem na corrente sanguínea, podem chegar até o cérebro, coração ou membros inferiores, causando um Acidente Vascular Cerebral, conhecido como AVC ou Derrame, infarto agudo do miocárdio, ou isquemia aguda de membros inferiores. Na presença desta arritmia, um cardiologista habilitado irá calcular a chance de embolias e a relação risco/benefício de utilizar anticoagulantes na sua situação.

Taquicardias supraventriculares

Nesse caso, acontece as extrassístoles, que são batimentos extras do coração, interrompendo o ritmo sinusal – o ritmo normal.

Arritmia ventricular

O coração é dividido entre os átrios, que ficam na parte de cima, e os ventrículos, que ficam na parte debaixo do órgão.

No caso da arritmia ventricular, os ventrículos batem rapidamente e de maneira desordenada, causando um ritmo anormal para o coração.

Sintomas da arritmia

Como falamos acima, a arritmia acontece quando o coração bate num ritmo diferente do sinusal, considerado o normal. 

Por isso, o principal sintoma deste problema é a palpitação e a sensação de coração acelerado ou mais lento. 

Além disso, outros sintomas de arritmia são: 

  • Queda de pressão;
  • Dor no peito;
  • Fadiga;
  • Falta de ar;
  • Desmaios;
  • Tontura;
  • Enjoo;
  • Sensação de nó na garganta.

Se você sentir um ou mais sintomas dos citados acima, é muito importante procurar um cardiologista para investigar as causas e determinar o melhor tratamento.

Como diagnosticar uma arritmia? 

Um coração saudável bate em torno de 50 a 100 vezes por minuto em condições normais, ou seja, sem que o paciente esteja fazendo esforço físico ou esteja em repouso por muito tempo.

Se após a medição esse número for menor ou maior, e se manter assim em outros momentos, esse pode ser o primeiro sinal de arritmia. Além disso, a arritmia pode se manifestar com um batimento cardíaco irregular. Alguns smartwatches, principalmente o Apple Watch Série 4 ou acima, tem capacidade de detectar arritmias, inclusive sendo usados em alguns estudos científicos de detecção de arritmias, com ótimos resultados.

Para confirmar as suspeitas, o paciente deve marcar uma consulta com o cardiologista, que poderá pedir alguns exames para comprovar o diagnóstico. Entre eles, estão: 

  • Eletrocardiograma;
  • Ecocardiograma;
  • Exames de sangue;
  • Teste ergométrico;
  • Holter 
  • Ressonância magnética cardíaca.

Após analisar os resultados, os sintomas e o histórico do paciente, o diagnóstico é fechado. 

Tratamento para arritmia

Em primeiro lugar, é importante determinar o motivo pelo qual essa arritmia está acontecendo. Muitas vezes, ao resolver o problema principal, a arritmia cessa. 

Já em casos que o tratamento deve ser focado na arritmia em si, pode envolver medicamentos para controlar os batimentos irregulares, como os antiarrítmicos.

Outro tipo de medicamento que pode ser receitado como tratamento da arritmia são os anticoagulantes, que previnem a formação de coágulos e evitam embolias ou AVC. 

Procedimentos cirúrgicos podem ser considerados quando o problema não se resolve com medicamentos. É o caso da cirurgia de ablação, um procedimento minimamente invasivo que arruma a sinalização elétrica do coração, o que pode estar causando a arritmia. 

Nos casos mais graves, pode ser considerada a colocação de um marcapasso ou de um cardiodesfibrilador.

Nessa primeira opção, o dispositivo ajuda a coordenar os batimentos e contrações do coração, melhorando o seu funcionamento e o ritmo cardíaco. 

Já na segunda, os batimentos são monitorados de forma contínua, para detectar qualquer tipo de alteração. Quando uma arritmia cardíaca maligna com risco de vida é detectada, o dispositivo envia uma carga elétrica específica para regularizar os batimentos cardíacos. 

Prevenção da arritmia cardíaca 

A prevenção da arritmia pode ser feita de forma muito simples, mudando, apenas, alguns hábitos, como:

  • Ter uma alimentação balanceada;
  • Praticar exercícios físicos regularmente;
  • Estar dentro do peso ideal;
  • Não fumar;
  • Evitar bebidas alcoólicas;
  • Evitar o uso de medicamentos que alteram o ritmo cardíaco;

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