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Hipertensão

Saiba o que é, as causas, diagnóstico e tratamento

Tempo de leitura: 4 min.
Atualizado em 16/01/2024
Dr Eduardo Antoniolli
Dr. Eduardo Antoniolli
Cardiologia Intervencionista
CRM: 39.275    RQE: 39.894

A hipertensão arterial acontece quando a pressão arterial está mais elevada do que o normal e se mantém elevada em várias medições, que são feitas em dias distintos. 

Esse aumento é conhecido como “pressão alta”. Uma das causas é quando ocorre perda da elasticidade ou estreitamento dos vasos sanguíneos, fazendo com que o coração necessite de mais força para bombear o sangue pelo corpo.

Os sintomas, apesar de não serem frequentes, podem aparecer quando a pressão arterial está muito superior à normal, sendo eles cansaço, tonturas, enjôos, visão turva, dor no peito e até dificuldades para respirar. Contudo, é importante consultar regularmente o cardiologista, visto que na maioria das vezes a pressão alta não causa sintomas.

Além disso, os exames são sempre necessários, principalmente no caso de ter precedentes familiares de hipertensão, para verificar a pressão e identificar previamente algum problema. Caso seja identificada a hipertensão, deve-se iniciar o tratamento adequado para evitar complicações graves, como por exemplo, AVC ou infarto.

Hipertensão – quais são as causas?

A hipertensão aparece quando existe alguma alteração que causa dificuldade na circulação do sangue nos vasos sanguíneos, aumentando a pressão com que o fluido passe entre as artérias do corpo. 

Com isso, o coração faz mais força para que o sangue circule pelo corpo para que nenhum órgão fique sem irrigação, causando insuficiência cardíaca (“coração fraco“) em alguns pacientes. As causas podem ser categorizadas com a origem da doença, incluindo dois tipos:

1- Hipertensão Primária

A hipertensão primária é a causa mais comum, que normalmente se desenvolve ao passar do tempo por alguns fatores. Tais como:

  • Idade;
  • Hereditariedade;
  • Sedentarismo;
  • Consumo excessivo de sal;
  • Tabagismo.

2- Hipertensão Secundária

A hipertensão secundária aparece como sintoma secundário de outro problema de saúde, e tende surgir de forma repentina. Alguns problemas que podem causar são:

  • Obesidade;
  • Diabetes;
  • Infecção nos rins;
  • Apnéia do sono;
  • Insuficiência renal;
  • Alterações na tireóide;
  • Defeitos congênitos.

Além dos fatores citados acima, a hipertensão secundária acontece por consumo exorbitante de bebidas alcoólicas, uso de drogas e pelo uso de remédios, como anticoncepcionais e corticóides.

Quais os sintomas?

A hipertensão é considerada uma doença silenciosa, pois os sintomas são raros. 

Entretanto, existem sinais que podem surgir durante uma crise hipertensa, que ocorre quando a pressão aumenta abruptamente, e caracteriza-se por:

  • Tontura;
  • Enjoo;
  • Sangramento através do nariz;
  • Fortes dores de cabeça;
  • Zunido nos ouvidos;
  • Cansaço excessivo;
  • Falta de ar;
  • Dores no peito;
  • Ansiedade;
  • Perda de consciência.

Nesse sentido, caso sejam vistos esses sintomas, é crucial procurar o hospital mais próximo  ou marcar uma consulta com o cardiologista para que os sintomas sejam avaliados, a hipertensão seja diagnosticada e o tratamento seja iniciado.

Caso a hipertensão já tenha sido diagnosticada e a pessoa apresente sintomas, deve-se tomar os remédios adequados para controle rápido da situação ou dirigir-se ao pronto socorro, caso não haja uma melhora após a ingestão dos remédios.

Diagnóstico

O diagnóstico deve ser realizado por um cardiologista e, para ser constatada a pressão alta, o profissional irá avaliar:

  • O histórico familiar e pessoal;
  • Os sintomas;
  • Múltiplas medidas da pressão arterial.

Além disso, o médico pode apontar a realização de outro exame, que é utilizado um aparelho para medir a pressão em casa, por cerca de 24 horas, em horários aleatórios. 

Dessa forma, será verificado alterações na pressão a fim de identificar se existe algum fator no dia a dia que pode estar acarretando o aumento da pressão arterial.

O cardiologista também pode solicitar outros exames que ajudam a detectar outras possíveis causas, como por exemplo, exame de sangue, urina, ultrassom renal e eletrocardiograma.

Tratamento

Uma pequena parte dos hipertensos consegue lidar com a doença com ajustes simples no cardápio, controle no estresse e também praticando exercícios físicos. Para tomar a decisão de não utilizar medicamentos de forma imediata, o médico pode basear-se em bons resultados dos exames gerais, como colesterol e glicemia.

A ausência de problemas cardiovasculares, o fato da pessoa não ser fumante e os rins com bom funcionamento, são outros fatores levados em consideração. As avaliações são periódicas. Se após as medições os valores caírem, é possível que o paciente continue com esse tratamento.

Mas, se mesmo depois das mudanças, a pressão continuar aumentando ou se estabilizar em um nível elevado, o médico pode prescrever remédios para que a situação seja controlada. Cada caso é avaliado individualmente para que os melhores medicamentos indicados tenham o melhor efeito possível.

Alguns remédios são diuréticos, ou seja, aumentam a quantidade de líquidos eliminados na urina. Outros agem como vasodilatadores e outros bloqueiam a entrada de cálcio nas artérias, diminuindo assim, a resistência para a passada de sangue nas artérias. 

Um dos medicamentos mais utilizados impede a produção de angiotensina, uma molécula que faz com que os vasos se contraiam e aumentem a pressão.

No estágio da doença considerado moderado, geralmente são adotados dois ou mais medicamentos para atuar de forma geral. Mas, há casos de hipertensão resistente, ou seja, quando a pressão não permanece abaixo mesmo com o uso de três categorias de medicamentos. Nestes casos deve ser realizada uma investigação minuciosa quanto às possíveis causas desta hipertensão.

Possíveis complicações

A hipertensão pode causar uma pressão excedente nas paredes dos vasos sanguíneos, danificando artérias, veias e também os órgãos, podendo acarretar em graves complicações, como:

  • Aneurisma;
  • Infarto;
  • AVC;
  • Arritmia;
  • Insuficiência cardíaca;
  • Insuficiência renal;
  • Angina no peito.

Ela também pode causar danos oculares e diminuir o fluxo sanguíneo levado para o cérebro, causando, assim, problemas de memória, dificuldade na fala, dificuldade de aprendizado e, em casos mais graves, demência.

Outros tipos de hipertensão

Existe também a hipertensão gestacional, conhecida também como hipertensão na gravidez. Essa alteração normalmente é causada por obesidade, alimentação desequilibrada, diabetes, primeira gravidez ou má formação da placenta.

Esse modelo de hipertensão deve ser visto e tratado rapidamente, evitando assim o desenvolvimento de pré-eclâmpsia, uma situação séria que pode levar ao coma, colocando em risco a vida do bebê e da mãe.

Um dos sintomas mais frequentes que podem ser notados durante uma crise hipertensa é a  dor de cabeça constante, em especial na região da nuca ou visão turva. Além disso, pode haver inchaço excessivo das pernas e pés e dor abdominal intensa.

Por isso, é muito importante fazer o tratamento apontado pelo médico, pois, quanto maior a pressão e mais tempo ela estiver descontrolada, aumentam os riscos de graves complicações. Contudo, cada caso é um caso. Mas vale ressaltar que, um modelo de vida moderado sempre ajudará, independente do caso.

Agora que você sabe um pouco mais sobre a hipertensão, que tal enviar esse texto para um amigo ou familiar que tenha essa doença?

Você pode ajudá-lo a entender melhor sobre as complicações e tratamento.

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